segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

O TEMPERAMENTO NOSSO DE CADA DIA

 


Eu, definitivamente, acabando de ler “Médico de Almas e de Homens”. Como sempre, fiquei muito emocionada com o “jeito” de Jesus tratar as pessoas. São Paulo perseguia ferrenhamente os cristãos. São Paulo era um homem de posição, um erudito de cidadania romana, administrador e advogado. Era homem orgulhoso e arrogante, de língua afiada e opiniões rígidas. Era altivo e insolente. Mas Jesus amava Paulo e o queria para o serviço de Deus. Depois que Paulo fixou os olhos em Jesus transfigurado, envolto numa luminosidade que ofuscava e cegava, e depois que ouviu a voz de Jesus dizendo: “Saulo, Saulo, por que Me persegues?”, Paulo foi tomado de imenso júbilo e apaixonado amor.

Jesus não mexeu nem um tiquinho no temperamento de Paulo. Sabia que ele continuava sendo quem era, um homem impetuoso de origem nobre, que ainda se julgava com uma incumbência “superior” à dos apóstolos. Vê se pode? A humildade dificilmente chegaria à sua alma. Mas não importava, ele amava Jesus fortemente como um temporal e levaria a cabo a incumbência que Jesus lhe dera. Para Jesus, importava o amor de Paulo. Que beleza!

Cada um de nós nasceu com um temperamento. Na minha família somos todos diferentes. Cada um com um jeito, uns mais bravos e outros mais bravos ainda. Estou brincando, há os mais doces em nosso meio. Mas todos nós somos de coração de manteiga, pedimos perdão e perdoamos. Herdei a braveza dos Ferreira, mas ainda bem, a doçura dos Rezende. O papai era um amor de bom e bonzinho. A mamãe era brava, perdia as estribeiras, mas era apaixonada por Deus e por sua família.

Nunca me esquecerei que pouco tempo antes de morrer, ela pegou o porta-retrato de todos nós, crianças no sofá da casa de Pedralva, e exclamou, emocionada e orgulhosa: “Minha família, minha família”. Apertou o porta-retrato em seu colo, e eu que não perco nada que contenha indícios e provas reais de amor e ternura, gravei isso na mente e no coração para um dia deixar devidamente registrado.

 

Ah minha gente, a vida é tão rica, tão preciosa! E Deus é tremendo! Como dizia a Sandra.