A primeira vez que ouvi falar em Garabandal
foi através de minha mãe, isso lá pelo início dos anos 80. Ela, como sempre tão
piedosa, tão encantada com as coisas de Deus, estava sempre por dentro de todas
as aparições de Nossa Senhora ou quase todas. Naquela época eu ouvia este nome Garabandal
que soava bonito, mas nada sabia sobre a matéria e nem me interessava, eu voava
pelo mundo com mil interesses que não eram religiosos, pobre de mim.
Há
pouquíssimo tempo eu me inteirei da história de Garabandal e tal como minha mãe
fiquei encantada com as delicadezas e com a generosidade de Deus. San Sebastián
de Garabandal é uma aldeia até hoje com apenas trezentas pessoas. Fica situada
nas montanhas da Cantábria no noroeste da Espanha, um lugar de serenidade e
paz. Lá viviam, na década de sessenta, quatro meninas: Conchita González,
Jacinta González, Mari Loli Mazón e Mari Cruz. Elas tinham doze anos, apenas
Mari Cruz tinha onze. As meninas frequentavam a escola pela manhã e pela tarde
ajudavam os pais no campo, cuidando de ovelhas, colhendo feno e lenha. Iam à
missa aos domingos, rezavam o rosário e recitavam poemas para Nossa Senhora durante
o mês de maio. Eram meninas normais, bonitas, alegres, de hábitos saudáveis,
olhar puro e limpo.
Em 18
de junho de 1961, as meninas brincavam no alto de uma das montanhas quando
ouviram um forte trovão. Viram então um anjo que tornou a aparecer nos dias
seguintes. No dia 1º de julho o anjo disse que a Santíssima Virgem iria
aparecer para elas como Nossa Senhora do Carmo. De fato, no dia seguinte, dia 2
de julho de 1961, dia da Festa da Visitação, Nossa Senhora visitou as quatro
meninas, tendo o Menino Jesus ao colo e ao seu lado dois anjos, sendo que um
deles foi identificado mais tarde como São Miguel Arcanjo.
As
aparições de Nossa Senhora duraram quatro anos, de 1961 a 1965. Foram quatro
anos de fenômenos sobrenaturais incríveis, extraordinários, com curas de
corações e almas, graças e conversões. As meninas entravam em êxtase e ficavam
transfiguradas. Seus olhos não reagiam à luz de poderosas lâmpadas ou flashes.
Subiam a montanha de pedras com uma incrível velocidade que os jovens rapazes
não conseguiam alcançá-las, e ofegantes, desistiam. Elas caíam de joelhos
batendo nas pedras e nada lhes acontecia. Enquanto olhavam devotadas para a
Virgem, acontecia uma notável insensibilidade física em seus corpos. Foram
feitos testes com cigarros que não lhes queimavam a pele, com alfinetes que não
furavam suas mãos. Caminhavam pelas ruas da aldeia, quase levitando com as
cabeças voltadas para o Céu, tudo isso sem tropeçar, sem cair. Subiam de costas
o caminho para a montanha, coisa que ninguém podia acreditar, tudo isso
testemunhado por cerca de 3.000 pessoas quase que diariamente durante anos.
Um
fenômeno magnífico para mim foi que os peregrinos entregavam terços, medalhas e
objetos religiosos para as meninas que passavam à Nossa Senhora para
abençoá-los. Mais tarde lá vinham elas com sacos de terços e medalhas e sabiam
entregar cada objeto abençoado ao seu dono. Elas não seriam humanamente capazes
de decorar o que seria de quem entre milhares de objetos e entregavam tudo
certinho. Um fato curioso, alguém entregou uma caixinha de pó de arroz para as meninas,
que estranharam, mas Nossa Senhora abençoou e revelou às meninas que aquela
caixinha havia sido usada para transportar hóstias consagradas durante a
guerra.
Era
impressionante o relacionamento amoroso que as meninas tinham com Nossa Senhora
que em certas ocasiões brincava e jogava com elas e se despedia com um beijo!
Evidentemente,
acorreram para Garabandal os mais notáveis médicos, especialistas, diversos
padres jesuítas e bispos com fama de santidade, religiosos enviados pelo
Vaticano. São Padre Pio ainda era vivo e deu o seguinte depoimento sobre
Garabandal: “O mundo não crê em vós, benditas meninas de Garabandal, crerá
quando for demasiado tarde.”
De
Madre Teresa de Calcutá: “Desde o princípio cri serem verdadeiros os fenômenos
de Garabandal.”
“Muitos
vêm por curiosidade, depois de verem as meninas, os homens choram.” Don
Valentin Marichalan.
“Sim,
Garabandal é verdadeiro”. Manuel Garcia Nieto, El Servo de Dios SJ
“Eu
creio no caráter sobrenatural e divino desses fenômenos”. Pe. Lucio Rodrigo SJ
“Como pode
ser que umas simples meninas de 12 anos conseguiriam enganar as Eminências do
porte de Nieto y Rodrigo?” Pe. Jorge Loring SJ
“Elas
subiam e desciam velozmente a montanha pedregosa de costas, eu digo mais, digo
que elas voavam”. Pepe Díez
As
aparições cessaram em 1965 e mais tarde as meninas saíram de Garabandal,
seguindo suas vidas com naturalidade, casaram-se e se tornaram mães. Apenas uma
delas está viva, Conchita que hoje vive em Long Island, Nova York. As meninas
sofreram diante de tantas provas dos que duvidavam que a Virgem Maria estivesse
aparecendo para elas. Como disse São Padre Pio, muitos não creram e não creem!
Há que ter muita dureza de coração para não crer!
Minha
mãe adoraria me ver pesquisando, escrevendo e me emocionando com Garabandal.
Querida mãe, eu não teria feito isso sem a sua preciosa ajuda! Que bom que nos
passou isso, que bom que seu amor a Deus nos fortificou para a vida!