“Quando escuto seus passos, estremeço sempre
como se fosse a primeira vez. E sorrio intimamente: é o príncipe”.
Não.
Não posso passar o Dia dos Namorados sem derramar o verbo nestas páginas em
branco me implorando pra escrever algo bonito e romântico. O que dizer para
quem me diz tudo, mesmo em seu silêncio mais loquaz? Quando nos conhecemos me
disse era engenheiro. Tá bom. Depois descobri que era cozinheiro experimentado,
feiticeiro do bem, pedreiro e advogado! Chique né?
Obrigada,
querido amor, pela sua inigualável gentileza, por me acolher tão carinhosamente
quando chego com cara de pressão 8 por 5, fazendo muxoxos e cheia de chororôs!
Aí você diz: tá ruim, mas tá bom! E ainda me faz rir quando me conta que sonhou
que estávamos num restaurante chiquetérrimo! E quando veio a conta: dois mil e
quinhentos reais, claro, no sonho ou no pesadelo! E complementou: eu nunca
sonhei com coisas maravilhosas, no sonho sempre tenho que correr pra não
morrer! Sou mais feliz quando sonho acordado com você ao meu lado!
Eu
me faço de dengosa, ou será que sou assim mesmo? Não sei. Lá vou eu te
lembrando que é dia dos namorados, mas você me enrola dizendo que não somos
mais namorados, e vem com a história de que a presença é mais do que presente!
Tô brincando, querido amor, presente é o seu indefectível e inabalável bom
humor. É o sorriso genuíno estampado em seu rosto dia após dia, faça chuva,
faça sol. É um desses raros sorrisos
que não se encontram mais por aí, nem no mundo inteiro, nem em Marte, no Japão
ou Plutão. Um sorriso que me desarmou, me conquistou, que fez cair por terra
todos meus argumentos de que eu não poderia amar um homem que trazia um chapéu
no painel de uma velha camionete. E este sorriso era todo pra mim.
E
você chegou amenizando minhas dores, minha nostalgia, aplacando meu desejo de
fuga e esquecimento de tristezas, me ensinando a deletar o medo e a salvar os sonhos.
Você veio resgatar uma parte perdida de mim sozinha e à deriva por dez mil anos.
Desde então meu coração pulsa com batidas desordenadas como crianças felizes e
inquietas. Isso deve ser o amor.
Obrigada,
querido amor! O que mais? Obrigada por
matar baratas, jogar a barata morta no lixo (nem morta!), abrir a tampinha do
Colgate Pro Alívio (que nunca consigo), obrigada por me abraçar apertado todas
as manhãs para dar bom dia! Pela paciência com meus dias sombrios, obrigada por
ser um amante tão sôfrego quanto atencioso e gentil. Obrigada por existir!
Eterno
namorado! Eu te amo!
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