domingo, 10 de março de 2024

O SONHO DE CATARINA PARAGUAÇU - UMA LINDA HISTÓRIA

 


 

O que vou relatar aqui não é meu, assisti no Anima Podcast com Kenya e Berthaldo. O entrevistado era o historiador Raphael Tonon, professor de História, Filosofia, Sociologia e Ensino Religioso. Ele é casado, pai de dois filhos e leigo consagrado da Comunidade Católica Pantokrator. Graças ao trabalho de Raphael Tonon, a devoção à Nossa Senhora das Lágrimas vem sendo conhecida e difundida. Evidentemente que ao falar em Nossa Senhora, o assunto ganha corpo e é enriquecido com o relato de diversas aparições, chegando à história de Catarina Paraguaçu. Para muitos é só uma lenda, já para quem acredita como eu e alguns poucos neste mundo tão perdido, é bem diferente.

Vamos lá. O ano era 1503, isso mesmo, 1503. Ela nasceu junto com o Brasil. Era uma índia que vivia onde é hoje o estado da Bahia, mais precisamente, Salvador. Ela se tornou cristã católica, foi batizada e se casou com Diogo Álvares, um náufrago português. Tiveram filhos e levavam uma vida pautada pela retidão e princípios cristãos. Certa noite, Catarina teve um sonho singular: sonhou que oito homens chegavam à praia, encharcados, exaustos e famintos. Logo após, ela via uma jovem senhora com um menino nos braços, que também saía do mar completamente seca e seus pés mal tocavam o chão. Catarina contou ao marido e ele não deu importância ao fato. Sonho é sonho. Mas Catarina teve o mesmo sonho por três noites seguidas. E logo depois realmente surgiram os homens do mar, encharcados, exaustos e famintos. E a jovem senhora com o menino? Perguntou ela aos homens. Eles responderam que não sabiam, que apenas eles haviam se salvado, vinham da embarcação cujo nome era “Anunciação”. Eis que surge uma caixa vinda do mar. Os índios foram buscar e abriram. Havia uma imagem de Nossa Senhora de azul e branco com o menino nos braços. A imagem estava intacta e seca.

Pois bem: Catarina decidiu construir uma ermida para a imagem e deu-lhe o nome de Nossa Senhora da Graça pela graça dos homens que se salvaram. A capela ficou no alto do morro também chamado de Morro da Graça até hoje, assim como a igreja da Graça, a primeira igreja de Salvador, na Bahia.   

Esta foi a primeira manifestação de Nossa Senhora no Brasil. 

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