sexta-feira, 17 de julho de 2020

HUMILDADE - Quem pensa que tem, já não tem mais




Há tempos que desisti de assistir ao jornal pela TV. Televisão tem que ser para distrair, então eu já vou direto para a Netflix ou Amazon Prime. Mas tem um programa do GNT que não perco: Que seja doce! Logo eu que não sei fazer nem um docinho de leite. Deu oito horas da noite, já estou grudada na tela para assistir à competição geralmente de três candidatos fazendo doces maravilhosos! Primeiramente um dos três é eliminado e por fim vencerá o melhor. Um grupo de três jurados decide quem será o ganhador.
Bem, aprender a fazer doces não aprendi, mas aprendi neste programa que a humildade nunca é demais. Em um episódio, uma das duas concorrentes finais obteve a vantagem de escolher qual bichinho iria usar em seu “cake pop no palito”. A moça escolheu urso panda, acho, e escolheu para a concorrente a zebra. Bom, se ela teve ou não teve a intenção, ficou feio. O rapaz da zebra suava em bicas, sua ajudante e ele trabalharam incansáveis até o último segundo. Torci por eles. A zebrinha ficou lindinha, com carinha de zebra mesmo, uma fofura. O urso panda não parecia urso nem nenhum outro bichinho. Quem ganhou? Quem ganhou? A zebra.
Em outro episódio, a moça sofreu as críticas dos jurados, agradeceu gentilmente e voltou para a sala de espera. Sentou-se ao lado da outra moça que ainda não tinha feito sua apresentação e ficou amuada, dizendo: que pena, seu eu tivesse feito isso ou aquilo, ao que a outra redarguiu: ah não fica triste não, eu deixo você usar minha batedeira. Ela se referia ao prêmio final que sempre é uma batedeira maravilhosa. Pode ter sido apenas uma brincadeira, pode, mas a moça não deveria ter dito isso. Lá foi ela apresentar seu doce, recebeu críticas também, porém eu tinha certeza de que ela ganharia porque seu doce estava divino. Adivinha quem ganhou? Adivinha? A primeira, a que achava que não ia ganhar. Achar, todo mundo pode achar, mas o silêncio é ouro.
Bom, não estou dizendo que a gente não deva ser confiante, pelo contrário, todos devemos ser confiantes e otimistas. Mas falar menos e sorrir mais é melhor. Também não precisamos nos justificar quando recebemos elogios. Assim como: nossa que blusa linda a sua! E lá vou eu: xiii, é tão antiga! Ou quando dizem: que olhos! E eu: já viu minhas pálpebras caídas? Bom, um obrigada é o suficiente para reconhecer a sinceridade do elogio e agradecer. Pronto. Ficar contradizendo o elogio não é humildade. É bobice.
Enfim, a humildade é uma joia rara e preciosa! Poucos a tem de fato. A humildade é o passaporte para o Céu. Santa Teresa de Ávila dizia: “Enquanto estivermos nesta Terra, não há coisa que mais importe do que a humildade – este é o caminho. Ponhamos os olhos em Cristo e em seus santos e aprenderemos a verdadeira humildade.”
Depois dessa lição nada mais a acrescentar.

  

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