Eu,
definitivamente, acabando de ler “Médico de Almas e de Homens”. Como sempre,
fiquei muito emocionada com o “jeito” de Jesus tratar as pessoas. São Paulo
perseguia ferrenhamente os cristãos. São Paulo era um homem de posição, um
erudito de cidadania romana, administrador e advogado. Era homem orgulhoso e
arrogante, de língua afiada e opiniões rígidas. Era altivo e insolente. Mas
Jesus amava Paulo e o queria para o serviço de Deus. Depois que Paulo fixou os
olhos em Jesus transfigurado, envolto numa luminosidade que ofuscava e cegava,
e depois que ouviu a voz de Jesus dizendo: “Saulo, Saulo, por que Me
persegues?”, Paulo foi tomado de imenso júbilo e apaixonado amor.
Jesus
não mexeu nem um tiquinho no temperamento de Paulo. Sabia que ele continuava
sendo quem era, um homem impetuoso de origem nobre, que ainda se julgava com
uma incumbência “superior” à dos apóstolos. Vê se pode? A humildade
dificilmente chegaria à sua alma. Mas não importava, ele amava Jesus fortemente
como um temporal e levaria a cabo a incumbência que Jesus lhe dera. Para Jesus,
importava o amor de Paulo. Que beleza!
Cada
um de nós nasceu com um temperamento. Na minha família somos todos diferentes.
Cada um com um jeito, uns mais bravos e outros mais bravos ainda. Estou
brincando, há os mais doces em nosso meio. Mas todos nós somos de coração de
manteiga, pedimos perdão e perdoamos. Herdei a braveza dos Ferreira, mas ainda
bem, a doçura dos Rezende. O papai era um amor de bom e bonzinho. A mamãe era
brava, perdia as estribeiras, mas era apaixonada por Deus e por sua família.
Nunca
me esquecerei que pouco tempo antes de morrer, ela pegou o porta-retrato de
todos nós, crianças no sofá da casa de Pedralva, e exclamou, emocionada e orgulhosa:
“Minha família, minha família”. Apertou o porta-retrato em seu colo, e eu que
não perco nada que contenha indícios e provas reais de amor e ternura, gravei isso
na mente e no coração para um dia deixar devidamente registrado.
Ah
minha gente, a vida é tão rica, tão preciosa! E Deus é tremendo! Como dizia a
Sandra.
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