Ana Cândida Costa da Musa Editora e
eu estivemos ontem no Colégio G9, a convite da Diretora Fernandes. Ana Cândida
levou os belos livros artísticos da Musa Editora para serem expostos durante
todo o dia e eu fiz três palestras para as crianças sobre meu livro “Dois anjos
e uma menina”. Minha experiência com plateias não passou dos eventos teatrais
no Curso de Letras e de meu memorável discurso de oradora que escrevi e
discursei com veemência na formatura. E também minha experiência com microfones
não passou de quando cantava no Santuário de Nossa Senhora da Agonia com minha
irmã. Mas com a cara de pau que Deus não me deu enfrentei o touro pelo chifre e
levei a sério a afirmação de um sobrinho de que eu tenho alma de artista, portanto
microfone e plateia seriam fichinhas! Lá fui eu com dois papeizinhos para não
me esquecer do que queria dizer para as adoráveis crianças que assistiram às
palestras, mas tudo fluiu. Emocionei-me.
Sim,
foi pura emoção. Falei para as crianças bem pequenas, para as maiores e para
outras maiores ainda. Eu me encantei com as respostas da meninada. É claro que
perguntei o que era preciso para “escrever” e ouvi: lápis, apontador, papel, borracha,
paciência, tempo, mão, e por aí foi. Mas quando paramos de rir, ouvi:
criatividade, imaginação, “vida”, fantasia, inspiração, “paixão pelo faz”. Uma
graça! Insisti na imaginação, inspiração e trabalho construído. Os
pequenininhos me surpreenderam. Eu perguntei o que as crianças têm que os
adultos não têm. Vamos lá: os adultos têm altura, idade, peso, conhecimento,
dinheiro, e as crianças têm “pureza de coração”, um amor! Uma garota me
perguntou como tive a ideia de escrever “Dois anjos e uma menina”. Eu respondi:
não sei ao certo, mas desconfio que existe uma menina dentro de mim que nunca
foi embora e de vez em quando ela bate na porta do meu coração e vem me ensinar
algumas coisas de crianças que eu já tinha me esquecido.
Uma
garotinha delicadíssima perguntou se podia passar a mão em meus cabelos! Penso que deve ser pelo branco neve que
resolvi assumir! E como não podia deixar de ser, uma menina e um menino
perguntaram minha idade. Eu que jurava que a menina iria me dar bem menos idade,
ela me deu dois anos a mais! E o menino disse que eu “não era velha” porque sua
avó tinha dois anos a mais do que eu. Ufa! Que alívio! Brincadeira, gente! Não
me incomodo com a idade não. A menina que existe em mim não deixa isso
acontecer!
Autografei
livros, pedaços de papel que as crianças me trouxeram e até botei meu autógrafo
em seus bracinhos, passeamos pelo colégio todo, almoçamos no restaurante com
mais outras duas amigas, tomamos café e fomos tratadas como “amigas do rei”. Assistimos
a uma verdadeira demonstração de civilidade. Só gentilezas. Meu muito obrigada
à Fernandes, diretores, coordenadoras Estela e Nilceia, e a todos os
professores, funcionários e crianças queridas! Se eu puder dizer tudo que
recebi ontem em uma única expressão será: um banho de gentilezas! Valeu gente
querida do G9!
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