Recebi
uma mensagem com um texto adorável de Bruno Pitanga, fazendo um jogo com as
palavras de tal forma que ao trocar, retirar ou acrescentar um prefixo que
atribui um sentido contrário à palavra, encontramos um alento para viver
melhor. Assim, ele diz: “não se preocupe, se ocupe”, “não se incomode,
acomode”, “não maltrate, trate bem”, “não conspire, inspire”, “não pressione,
impressione, impressione pela humildade, impressione pela simplicidade,
impressione pela elegância”.
Esta
última do “impressione” deveras me impressionou muito, me pegou de jeito.
Refleti comigo, que legal! não é? A gente desistir de pressionar os outros ou a
gente mesmo. Às vezes sofro por causa disso. Que bobagem!
Bem,
mas eis que no mesmo dia que li esta mensagem, ouvi uma homilia do Padre
Bráulio D’Alessandro, que gosto muito de seguir. E ele falou uma coisa que veio
ao encontro desta mensagem. Disse ele que certa vez, São Francisco de Assis
saiu com os frades para evangelizar. Passaram por vários lugares, estiveram com
muitas pessoas e voltaram para Porciúncula, quando um dos frades perguntou ao
santo:
-Pai
Francisco, o que aconteceu? Nós saímos para evangelizar e nenhum de nós falou.
O que houve? E Pai Francisco respondeu:
-Não
meu filho, nós saímos para evangelizar e evangelizamos sim. Saímos e pregamos o
Evangelho a todos.
-Mas
nós não falamos uma palavra!
- Não
é preciso falar nem uma palavra. A nossa vida fala por nós, com nossas
atitudes, com nosso coração reto e sincero, com nosso modo de ser, nosso olhar,
nosso sorriso, nossa vida interior. Temos que viver de tal forma que possamos
irradiar uma luz que vai atrair e impressionar as pessoas. Madre Teresa de Calcutá
impressionava os reis, os políticos, os donos do mundo que se curvaram para
ela, para aquela mulher pequena que era cheia de esperança e levava essa
esperança para os outros. Ela não pressionava ninguém, apenas impressionava! Assim
pregou o Padre Bráulio!
Sempre
penso que os pais devem sim aconselhar os filhos, porém o que mais os filhos
irão guardar em seus corações serão os exemplos que os pais deixarem para eles.
As atitudes e comportamentos que são nobres e corretos permanecerão para
sempre.
No filme
antiquíssimo de 1944, “As chaves do reino”, com o famoso Gregory Peck, o padre
e o chinês ateu se tornaram amigos. Cada um tinha sua crença, seu pensamento,
seu modo de ver o mundo. Nenhum dos dois forçou a barra, nenhum dos dois tentou
“pressionar” o outro. Um aprendeu com o outro. Ambos eram humildes.
A
humildade é o começo, o meio e o fim.
Impressionemos.
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