quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

REFLEXÕES

 

Vivo de abismo em abismo

Ora penso, ora cismo

Ora paro, ora piro

Sempre à procura

Da peça final

Da rima fatal

Da cura inútil

Do riso fútil

Vivo de abismo em abismo

Ora paro ora cismo

A vida por um fio

Na alma um calafrio

Ainda assim

Bem no fundo de mim

Vagueiam delírios, lampejos

E desejos de milagres sem fim.

 

 

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