Muitas
vezes eu fico apreensiva com algum comportamento do qual me arrependo. Nada
sério, eu que sou muito exigente comigo, sempre fui, insegurança, confesso. Como
acho bom falar o que é e o que não é, dá um alívio. Bem, estamos todos na
chuva, vai ter dia em que ficaremos molhados. Nem todo dia estamos bem, felizes
da vida e acontece de não reagirmos bem à determinada situação. Também nada
escabroso, mas como conhecemos nosso coração, sabemos que poderíamos ter
deixado passar, poderíamos ter saído de tal situação sem estresse, poderíamos,
mas não deixamos. Paciência. Agora deixa rolar. Se o caso foi grave, um pedido
de perdão é remédio. Se o “grave” é mais por conta de nossa “imagem” ferida,
então, deixa rolar sim.
Temos
que aprender a viver, ainda que já tenhamos vivido muito mais do que ainda
viveremos. Estamos sempre aprendendo e caindo e errando e começando tudo de
novo, como uma criança, ainda bem.
Certa
vez ouvi esta frase: “Só pisa na bola quem está em campo”. Verdade
verdadeiríssima! Ficar na arquibancada pode ser seguro, mas a vida não é
segura. Quantas vezes fiz um gol? Humm, poucas, algumas, talvez algumas mais.
Quantas vezes pisei na bola? Xiiii, perdi a conta. Certamente meu número de
erros foi infinitamente maior do que meu número de acertos. Tenho uma coleção
de micos imbatíveis, erros irreparáveis, pecados imperdoáveis, mas eu estava em
campo, aí tudo é possível. A pessoa que me disse isso estava desolada quando eu
contei talvez a maior pisada de bola que eu dei na vida. Ela simplesmente
encolheu os ombros e me disse: “bom, só pisa na bola quem está em campo.” Nunca
mais me esqueci disso. É preciso esclarecer que nem sempre estive em campo. Só
que depois que experimentei o gramado nunca mais voltei para a arquibancada. Há
sempre uma nova partida que se inicia. Se vou pisar na bola só Deus sabe.
Provavelmente sim.
Devemos
procurar ser verdadeiros, o mais que pudermos. Sábios, muito difícil. Perfeitos,
impossível!
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