É
fato sabido que os jovens e até crianças bem pequenas têm uma incrível facilidade
para lidar com a tecnologia, mexendo com celulares, computadores, e aparelhos similares.
Mas percebo, a julgar por mim e outras pessoas de minha geração, que esta
facilidade não é para a maioria de nós. E confesso que fico até consolada
quando vejo alguém até mais novo do que eu catando milho no teclado do celular
para enviar uma mensagem. Redes sociais, wahtsap, huumm, huumm ... torci o nariz e custei muito a aceitar. Não
fosse a insistência de uma sobrinha até hoje não teria aderido. Mas a menina me
convenceu, e ela própria criou minha página no Facebook, fez tudo pra mim. E
outra sobrinha veio até minha casa para criar um blog para eu dispor meus
contos e crônicas. Que bom! Deus não me deu filhos, mas ótimas sobrinhas!
No
início deixei a página do Facebook quieta lá num canto. Aos poucos fui postando
uma coisa, outra, e não é que hoje eu posto minhas crônicas com ilustrações,
minhas fotos, fotos de minha família e amigos em encontros memoráveis! Ah, e
também fotos de minha mãe jovenzinha passeando elegantíssima, lindíssima em sua
juventude em Belo Horizonte.
Bom,
e no dia a dia tudo vai caminhando bem até que bato o dedo em uma tecla
qualquer e consigo sumir com tudo. Aí fico sem pai nem mãe e alguém tem que me
socorrer. Constato que meu sucesso com a tecnologia moderna se restringe apenas
ao uso dos aparelhos, e aí não estão incluídos os quesitos sanar problemas ou
explorar mais possibilidades das geringonças. Entro em parafuso.
E
foi por aí que meu celular amanheceu um dia, sem mais nem menos, me falando que
não era mais possível acessar o wahtsap porque aquela versão estava obsoleta. Eu
entrei em pânico! Como vou viver sem acessar o whatsap? Calma Misa, calma.
Respira fundo. Tudo bem. Percebi uma pergunta que me incentivava a seguir em
frente: “instalar a nova versão?” Sim, respondi, é claro que sim, afinal era
preciso atualizar. Aí vem a resposta: “Não é possível atualizar, não há espaço
suficiente”. Tratei de apagar um monte de coisas que vi pela frente: filmes,
fotos, mensagens. Bem, sumiu tudo isso e muito mais. Não acreditei que aquilo
estava acontecendo, depois, mais calma, dei-me por vencida e fui em busca de
ajuda profissional, uma vez que as sobrinhas não estão por perto.
Primeiramente
fui numa loja do ramo. O cara, educado, disse que eu teria que deixar o
aparelho lá. Ele iria formatar, afinal, o celular é um computador e como tal,
às vezes precisa ser formatado. Mas para instalar o facebook, o whatsap, e
outras coisas que eu havia deletado, seria necessário buscar outros meios, pois
a loja não fornecia este serviço. Aí não, pensei, eu quero alguém que faça tudo.
Então andei mais por aí e achei um lugar muito legal. Uma turma de jovens bem novinhos mesmo, todos
atendendo com gentileza e sorriso no rosto. Expliquei o caso para a Danielly,
uma garota esperta que pegou meu celular e clica aqui, clica ali, digita com
aquela rapidez inacreditável, e vapt vupt. O celular ficou novinho em folha,
sem formatar, com os ícones principais na capa. Nunca vi destreza igual. Barbaridade!
E
tudo isso, ao som de Cravo e Canela de Anita. E todos balançam o corpo pra lá,
pra cá, e cantam juntos todas as sílabas, palavras e frases da música. Não se
distingue mais qual a voz da cantora e qual a da moçada porque cantam em
uníssono, respeitando cada paradinha da cantora, cada respiração: “Tua pele
traz o cheiro de jasmim, é teu perfume, flor, cravo, canela e alecrim ...” Meus agradecimentos à Danielly, Ronaldo, Leandra
e Tamires, carinhosamente apelidada “Tamiroca”. Oh juventude fantástica da
“Shop-Cell”!
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