quinta-feira, 19 de novembro de 2020

CAPITÃES CORAJOSOS

  

“Harvey Cheyne é um menino mimado que recebe duras LIÇÕES DE VIDA depois de cair no oceano e ser resgatado por um barco de pesca.” Assim está escrito na sinopse do filme: CAPTAINS COURAGEOUS, de 1996. Normalmente fujo dos filmes antigos, prefiro os atuais e como sempre, ao radicalizar, acabo perdendo preciosidades. Felizmente esta preciosidade não perdi e recomendo. Chorei muito, não de tristeza, e sim de pura emoção. Este filme é um ensaio sobre a bondade.

Cansada de assistir a tanta violência, tanta banalidade, tanta bobagem, tanto egoísmo, de repente dou de cara com um clássico que ensina verdadeiras lições de vida, um aprendizado sobre a amizade, bondade, dignidade. Este filme me emocionou muito, me deu coragem para viver nesses tempos difíceis que vivemos, diante da valorização do que não tem valor de fato, diante do isolamento, do medo, das adversidades.

Não posso falar muito do filme porque isso não se faz. Quem não assistiu, vai querer assistir, assim, tomarei cuidado para não contar tudo, se bem que, mesmo que eu contasse tudo, minhas palavras nunca seriam totalmente fieis, nunca fariam jus à beleza do filme. Como dito na sinopse, Harvey é um menino riquinho e mimado de quatorze anos que cai de um navio e é resgatado por um barco de pesca, comandado por um capitão digno e corajoso. Harvey conhece Dan, o filho do capitão, um aprendiz de pescador de dezesseis anos, um garoto muito bom, que aprendeu o ofício com o pai e os pescadores. O que é marcante em Dan é sua bondade, sua humildade. Eu me encantei com o Dan.

O barco de pesca ainda vai ficar no mar por alguns bons meses e Harvey não tem opção senão trabalhar para comer, como todos os outros que receberão seus salários ao final da viagem. Arrogante, o menino rico quer pagar ao capitão para desviar sua rota e suspender a pesca para levá-lo a Nova York. Aos poucos, Harvey vai aprendendo a ser grato, a pedir desculpas e, acima de tudo, vai aprendendo o valor de uma preciosa amizade e nisso Dan tem um papel fundamental.

Harvey aprende a pegar seu primeiro peixe, a manejar o leme, a limpar o barco. Ele vai se transformando pouco a pouco, e tem coisa mais bonita de se ver no mundo do que a transformação de uma pessoa? Já aprendi que os milagres podem acontecer instantaneamente, mas às vezes os milagres têm que ser construídos e isto também pode levar algum tempo, até uma vida inteira. Dan sempre intercedia por Harvey junto ao pai durão, e o Capitão lhe disse: “quando ele chegou, sabia de todas as respostas, depois foi aprendendo a fazer perguntas.” Harvey aprende muitas lições e entre elas, que há momentos e lugares em que o dinheiro não vai servir para nada.  

Os dois garotos se tornam grandes amigos e trocam confidências. Dan dá de presente a Harvey o que ele tinha de mais caro, afinal, os verdadeiros amigos sempre fazem isso. Harvey aprende o valor da humildade, do respeito. Importante mencionar a bondade dos pescadores, a convivência fraterna e alegre de todos eles. Que beleza, gente!

Será que estou tão carente assim de bons valores, de sentimentos bons? Ah estou sim. Não só eu, o mundo todo.  Tudo muito bonito. Vale a pena. Como diz o povo: Super recomendo. Você corre o risco de chorar, mas não de tristeza, mas de beleza e de emoção. Embarque nesta viagem e se encante.

    

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